07/10/2008

cordel

"O águia do graveto" é o título. Só por aqui, diria que nada de auspicioso de anuncia. Mas não julguemos o livro pela capa, neste caso, pelo título.
Leio-o porque conta a história da vizinhança, e ninguém escapa a esta curiosidade mórbida de saber os podres daqueles que conhecemos, ainda que vagamente.
Mas não é fácil. A escrita é assim, como dizer?... do piorzinho que já me tem passado pelas mãos. Mas mau, mau mesmo. Diálogos supostamente rebuscados que ninguém nunca teria na vida. Pseudo-análises comportamentais que nos obrigam a reler as frases sem que nem assim consigamos entender que raio quer o autor dizer com tamanho descalabro de ideias e de sintaxe.
Depois ainda se pensa: Bem, que se pode esperar se as histórias, as personagens em que se baseiam são aquilo que se sabe? Bem, mas isto não serve como desculpa.
O livro é uma espécie de "Eu, Carolina" do mundo do cauchu, cheio de ressentimento, de massagens ao ego, de lavagem de roupa suja, tudo muito certo e aceitável numa edição de autor, mas credo!, é tão mau.
Só mesmo a minha coscuvilhice me mantém agarrada às páginas onde sublinharia quase tudo como anedota, se o livro fosse meu.

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