30/10/2008

um dia é da caça, outro do caçador

Sempre me apoiei nesta frase para me mentalizar que melhores dias virão, que não se pode ganhar nem perder sempre, que a bonança há-de chegar, e depois a tempestade, depois novamente a bonança, neste ciclo alucinado que nos faz estrias no cérebros e rugas na pele.
Um dia é da caça, outro do caçador. Pois. Mas normalmente o dia em que perdemos, não vinha nada a calhar. Mais, normalmente esses dias sucedem-se, nunca mais dão lugar a outros.
Como o que aconteceu à minha amiga. Depois de contas e mais contas a ver se podia não entregar a casa ao banco, depois de vender o carro melhorzinho e ficar com um chasso tão velho como o meu, depois de olhar para os cartões de crédito e engolir o desespero, quando se levanta num dia de chuva e ruma a mais um dia no escritório, perde o controlo do dito chasso e fode-o todo no lancil de um passeio.
Há ciclos filhos da puta.

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