17/10/2008

todos os nomes

Os meus afectos, as minhas relações pessoais estão de tal modo compartimentados que até diferentes grupos de pessoas me tratam por diferentes vocativos.
Pode dizer-se que isto não abona muito a favor da minha saúde mental, mas ela já anda tão de maõs dadas com a economia, tanto a minha, caseira, como a global, que, enfim, é igual ao litro.
Estou convencida de que é a singularidade do meu nome, associada à quantidade imensa de letras mais a sua sonoridade séria e fria, que leva as pessoas a escolherem uma alternativa.
Assim, uns cortam-me o nome, optando por umas letrinhas apenas, outros encontram um nome alternativo, no caso um substantivo simpático, outros transformam-mo com um "inha", outros ainda, vá lá, tratam-me mesmo pelo meu nome.
Tudo isto me é agradável. Em cada campo. Ao ponto de estranhar quando alguém me chama de outro modo. Como quando se chama os filhos "Anda cá, Cátia Vanessa" e eles já sabem que quando os chamamos pelos dois nomes, a coisa vai mal.
Não gosto quando a coisa vai mal.

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