06/11/2008

o engano

A coirona aqui do lado hoje pregou uma partida a um dos nossos colegas. Daquelas que surgem sem serem planeadas, apenas porque ele se pôs a jeito. Ela só pretendeu, com o telefonema, saber se ele estava muito atrasado. Mas ele, não reconhecendo o número e fazendo-se dengoso para a voz feminina que do outro lado o interpelava, acabou por cair que nem um patinho na declaração de interesse que do outro lado esta minha amiga lhe sussurrava, fazendo-se mesmo passar por viúvo. Minutos depois, aí ia ele, de saída para o lugar marcado para o blind date, descartando a habitual colega de café.
O pior viria depois. Tanto entusiasmo estendeu-se a mais 5 homens, cada um chegando-se à vez, cada um mais interessado na mulher que se descreveu de baixa estatura, com madeixas castanhas e muito tímida. De repente, todos eles interessadíssimos, algo duvidosos, mas sem se lembrarem sequer de confrontar o número da chamada recebida com a lista dos números da empresa.
O ego. A vaidade. Tão vaidosos. De repente só vêm uma fulana interessada num deles e o sangue aflui lá para onde não se pensa.
Que merecem senão que alimentemos o engano?

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